Está tudo tão interiorizado que parece incrível fazer tantas coisas ao entrar no carro: verificar se a cadeira está na posição correta, algo que podemos ver pelos espelhos, que a alavanca de velocidades está em ponto morto, entre outros.
Para além destas ações, existem outras que, embora não menos importantes, podemos apurar e fazer sem pensar muito: ajustar a cadeira auto dos nossos filhos ou confirmar que os arneses estão perfeitamente posicionados e com a tensão correta. Por isso, entre as causas mais frequentes de falha nas cadeiras está o fator humano, a distração que faz com que o sistema de retenção para crianças não funcione a 100% com a máxima eficácia.Quais são esses erros?
1. Não verificar o estado dos cintos da cadeira. Se temos ISOFIX, basta um pequeno puxão para verificar que tudo está correto. Se temos uma cadeira que se ajusta com cinto de segurança, podemos rever três pontos. Primeiro, que está corretamente fixo; segundo, que não está dobrado ou com folga (um brinquedo pode aparecer em qualquer lugar); terceiro, mesmo não encontradas dobras ou algo estranho, devemos puxar novamente o cinto cada vez que colocamos a criança.
2. Colocar mal as crianças na cadeira. A colocação da criança é um passo importante para conseguir uma fixação perfeita da cadeira. A melhor postura possível é aquela em que a criança está sentada, erguida, com as costas no banco e a cadeira o mais atrás possível. Nessa postura devemos colocar os cintos.
Os cintos também devem ser verificados. Não o fazer é um grande erro. Devemos ver se há dobras ou se por alguma razão não somos capazes de puxar corretamente. Um arnês que cede, que não está devidamente ajustado, não ajuda as crianças, mas sim o contrário. Se for necessário, deve retirar o SRC do veículo e colocar bem os cintos (recomendável fazer esta avaliação de vez em quando e sem pressa).
3. Colocar o cinto na criança quando tem um casaco grosso vestido é um erro. Isto acontece, muitas vezes, pela pressa em levar as crianças ou pela vontade que temos que estejam quentinhas. É um erro frequente e fácil de evitar. Quanto mais roupa, menos se pode ajustar o cinto ao corpo: o volume do casaco não o permite. O correto é ter tempo necessário para tirar o casaco e sentar a criança corretamente.
4. Pensar que, se ajustamos mais, estamos a magoar a criança, ou pensar que já está “quase” está na altura regulamentar e podemos tirar o banco elevatório. Um dos erros mais frequentes é colocar os desejos lógicos de liberdade dos nossos filhos à frente da sua própria segurança. Se o nosso filho tiver menos de 135 cm de altura, deve usar o seu SRC padrão até ultrapassar essa altura, mesmo que não goste de o usar.
5. Se a criança estiver virada para a frente, colocar o banco da frente o mais longe possível da criança, aumentando o espaço de sobrevivência no caso de um acidente.
A segurança dos nossos filhos é mais importante que poupar cinco minutos para verificar a fixação do SRC, os arneses, a postura e o ajuste do cinto. São cinco minutos (ou até menos). Assim, contribuímos para a segurança das crianças e para a nossa tranquilidade.