Desde o nascimento, que as crianças viajam em sistemas de retenção com arneses de 5 pontos. Até que chega o momento de mudar para cadeiras auto dos Grupos II e III, ou 100 cm a 150 cm se a cadeira auto for homologada sob o novo Regulamento 129.
Qual a razão para esta mudança de cadeiras auto?
As cadeiras do Grupo I são feitas para usar até aos 15-18 quilos, ou 105 cm de altura. A partir daí, deve começar a utilizar um sistema de retenção para crianças do Grupo II (de 15 a 25 kg) e posteriormente do Grupo III (de 22 a 36 kg). Conheça aqui os diferentes tipos de cadeiras. Ou seja, os SRC homologados pela R44/04, que se orientam pelo peso da criança, enquanto os que são homologados pela R-129, guiam-se pela altura . Troque de cadeira auto sempre que a criança ultrapassar o peso máximo especificado pelo fabricante ou se a cabeça estiver fora do apoio do SRC.
As cadeiras dos Grupos O+ e Grupo I costumam ter um arnês de três ou cinco pontos, enquanto as cadeiras auto dos Grupos II e III tem um cinto de segurança comum. Por isso, a partir dos 15 quilos, a criança passa a estar fixa na cadeira auto de forma diferente.
Os sistemas de fixação mais eficazes são os de cinco pontos. Daí que seja o sistema eleito para os veículos de competição. Estes retém muito mais o corpo em caso de colisão. E previnem que seja projetado por cima, evita o deslocamento lateral e que a criança saia por baixo. Previnem também o conhecido efeito submarino e distribuem a força do impacto entre ambos os ombros, quadris e pélvis. Portanto, são especialmente eficazes para a prevenção de lesões abdominais.
O arnês é realmente mais seguro do que o cinto de segurança?
O cinto de segurança de 3 pontos também é seguro, mas é menos que o cinto de 5 pontos. Então, por que razão as cadeiras auto não acompanham também este tipo de fixação? A explicação está no seguinte: à medida que a criança aumenta de peso, o cinto faz um maior esforço para a segurar e, portanto, o sistema de fixação para criança deverá ser mais resistente.
A partir dos 15 kg o corpo da criança já consegue a suportar a força de um cinto de segurança. No entanto, como os cintos dos carros atuais estão desenhados para adultos, os mais pequenos precisam de uma ajuda extra para que fiquem corretamente acomodados e fixados: cadeiras dos Grupos II e III.
Isto não quer dizer que utilizar uma cadeira auto que é instalada com um cinto de segurança não seja seguro. Levar a criança com sistema de retenção para crianças adequado à sua altura e peso é sempre a melhor opção. No entanto, atrase na medida do possível o passo para cadeira do Grupo II. Mas nunca ultrapasse o peso e a altura indicada pelo fabricante. Lembre-se que também é prejudicial levar a criança numa cadeira que já não se adeque e que fique pequena, a criança não estará bem protegida em caso de impacto.
Se colocar a criança numa cadeira que fique excessivamente grande, por exemplo, do Grupo 2 antes dos 15 kg, consegue perceber que o corpo da criança não está totalmente preparado para suportar a força que pode exercer o cinto de segurança em caso de acidente. Além disso, não fica sentada de forma adequada devido à sua altura, podendo causar feridas no corpo. Tenha em conta que há maior segurança quando usa fixação com arnês. Isto pode causar um efeito contrário se a criança pesar mais de 18 kg e viajar numa cadeira do Grupo I. Neste caso vai verificar que o arnês não está preparado para suportar este peso.
Tanto com arnês como com cinto, corretamente utilizados
Coloque ambos corretamente para que sejam completamente seguros. Recordamos que um arnês apertado é um arnês seguro. Aqui encontra conselhos para fixar corretamente um arnês.
Com o cinto de segurança, a criança deve estar segura e a cadeira instalada de acordo com as instruções do fabricante. Siga estas indicações para colocar adequadamente o cinto de segurança em cadeiras auto dos Grupos 2 e 3. Passe o cinto sempre pelos pontos ou guias indicados pelo fabricante (costumam ser realçados com cores) para que fique corretamente colocado. A parte superior não deve ficar demasiado colada ao pescoço e a parte inferior deve passar pelos ossos da pélvis, e não pelo estômago. Desta forma, evita possíveis lesões, especialmente abdominais.
Evite sentar a criança com o casaco vestido, pois dá uma falsa sensação de fixação.
Um quarto ponto de ancoragem no cinto
Conscientes da importância do arnês e de forma a oferecer a maior segurança possível, falámos recentemente da SecureGuard. Este é um quarto ponto de ancoragem.
Os sistemas de retenção para crianças do Grupo 2 e 3, disponibilizam um arnês entre pernas que atua como quarto ponto de ancoragem para o cinto de segurança. Desta forma, evita que a parte abdominal possa sair do lugar e reduz as forças que se aplicam ao abdómen em caso de colisão. O mesmo acontece com os cintos de cinco pontos. Esta peça central elimina o efeito submarino e evita o deslocamento do cinto para a barriga, mantendo-o na parte inferior do abdómen.