“No ano passado, previa-se que a BPS total cresceria a um ritmo mais lento que em 2022 do que em 2021, devido a fatores como a inflação e a incerteza geopolítica. Estas previsões agravam-se para o ano seguinte, uma vez que o impacto dos aumentos dos preços das apólices de seguros tem um período de atraso e, por isso, o índice de penetração deveria, na melhor das hipóteses, permanecer em valores semelhantes“, explica Manuel Aguilera, diretor geral da MAPFRE Economics
A MAPFRE Economics, o Serviço de Estudos da MAPFRE, atualizou o seu Índice Global de Potencial Segurador GIP-MAPFRE com os dados mais recentes disponíveis referentes a 2022.
Esta referência baseia-se num conjunto de indicadores e métricas que avaliam a capacidade dos mercados de seguros de criar e consumir a chamada Brecha de Proteção do Seguro (BPS), isto é, a diferença entre as necessidades de proteção e a cobertura real existente.
De acordo com o relatório, o mercado português tem cerca de 30% de capacidade para colmatar a lacuna da cobertura de seguros e estima-se que demore cerca de 10 anos para o conseguir concluir.
O que são as lacunas na cobertura de seguros?
Quando se concluiu que apenas um quarto das perdas relacionadas com as catástrofes climáticas na União Europeia estão asseguradas, verificou-se que o que estava coberto por seguros era muito inferior ao que era possível estar e é a essa diferença que apelidamos de “lacuna em cobertura de seguros”, e prevê-se que Portugal demore cerca de 12 anos para os seguros de ramo vida e 8 para os seguros de ramo não vida para fechar esta lacuna, diz o estudo.
No ranking a China assume a liderança seguida dos Estados Unidos e Índia, tanto no Ramo de Vida como nos Ramos Não Vida. Portugal ocupa o 55.º lugar no contributo para o mercado global de seguros de Vida e 53.º lugar no contributo para o mercado global de seguros Não Vida, e contribuindo 0,080% para colmatar o défice global de seguros.
Este relatório agora publicado pela Fundación MAPFRE analisou 96 mercados de seguradores (tanto de países desenvolvidos como de emergentes). Na análise efetuada, além da BPS, são consideradas outras variáveis como a penetração dos seguros (prémios/PIB), tamanho da economia e da população, entre outros, sendo o principal objetivo ter uma visão integral das oportunidades e desafios no mundo dos seguros.
Consulte a versão completa do relatório aqui.