Em Coimbra e Lisboa, a ação dos Ângulos Mortos foi um verdadeiro sucesso. Crianças e adultos viram como é preciso ter cuidado perto de veículos grandes, como os autocarros.
“Mãe, deixaram-me sentar no lugar do condutor! E até fecharam as portas. Parecia mesmo que ia a conduzir o autocarro!”
As crianças adoraram. E os adultos deram-nos os parabéns por termos uma ação tão importante sobre um tema que tantas vezes é esquecido.
Foi assim que centenas de pessoas passaram pelo espaço da Fundación MAPFRE – Ângulos Mortos, nos jardins do Choupalinho (Coimbra) e nos Jardins da Alameda (Lisboa).
Dias 21 e 22 de setembro, no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade, explicamos a miúdos e graúdos o que são e como evitar os ângulos mortos nos veículos de grande dimensão (camião ou autocarro), de maneira a evitar acidentes na estrada.
O que tínhamos preparado?
Em Lisboa, contamos com a colaboração da Carris e da Junta de Freguesia de Arroios, e estivemos presentes na Festa da Mobilidade, onde centenas de pessoas participaram.
Ao pedir às pessoas que se sentassem no lugar do condutor, foi fácil mostrar que há áreas mais perigosas para os condutores, ciclistas, motociclistas e peões, porque resultam numa perda de visão para a pessoa que conduz o veículo. Além de representarem um risco significativo durante a condução, podem dar origem a acidentes graves, especialmente durante mudanças de faixa, ultrapassagens e manobras de estacionamento.
Em Coimbra, também contámos com a colaboração da Câmara Municipal de Coimbra e com um autocarro dos Serviços Urbanos de Coimbra. Para além desta ação, estava ainda a passar o documentário “Marcas da Estrada”, e recebemos a visita do Floriano Jesus, que se juntou a nós e partilhou a sua história.
Durante a ação, convidamos as crianças a pintarem um desenho numa t-shirt sobre a segurança na estrada e a mobilidade saudável.
A parceria com a APSI – associação portuguesa para a segurança infantil foi fundamental, uma vez que as técnicas da associação juntaram-se a nós neste projeto e explicaram aos participantes todos os perigos e formas de evitar os ângulos mortos.
Os Voluntários MAPFRE, como não podia deixar de ser, estiveram sempre presentes e foram um apoio fundamental, fazendo destes dias uma animação.
O que aprendemos a fazer para prevenir os ângulos mortos?
- Ajustar corretamente os espelhos
Ajustar os espelhos laterais e retrovisores de forma a cobrir o máximo possível das áreas laterais do carro. Nos espelhos laterais, o horizonte deve estar no centro, e o carro deve ocupar apenas uma pequena porção da vista. Isso reduz o tamanho dos ângulos mortos. - Ajustar a posição do banco
Ajustar a altura e a posição do banco para obter a melhor visibilidade possível em todas as direções. - Verificar os ângulos mortos manualmente
Antes de mudar de faixa ou fazer uma curva, virar ligeiramente a cabeça para verificar manualmente as áreas que não são cobertas pelos espelhos. - Instalar tecnologias de assistência
Os carros mais modernos já vêm equipados com sistemas de deteção de ângulo morto, que alertam o condutor sobre a presença de veículos nas zonas cegas. Se o carro não tem esta tecnologia, é possível instalar sensores ou câmaras adicionais. - Manter uma distância de segurança e manter-se visível
Ao conduzir ao lado de outros veículos, especialmente camiões e autocarros, evitar ficar muito tempo nas áreas onde pode estar num ângulo morto. Manter-se visível e, se necessário, acelerar ou abrandar para sair dessa zona. - Assinalar a nossa posição
Quando circulamos perto destes veículos devemos assinalar a nossa posição e permanecer o menor tempo possível dentro deste ângulo de visão nula. - Utilizar um colete refletor
Assim vamos ficar mais visíveis para o condutor do veiculo pesado. - Sinal sonoro
Ao ouvirmos um sinal sonoro intermitente, significa que o veículo está a mover-se em marcha-atrás e o(a) condutor(a) pode não ver, o ideal será afastarmo-nos o máximo do autocarro. - A pé
Nunca devemos atravessar a estrada à frente ou atrás de um autocarro. - Com chuva, muito cuidado
Um autocarro ou camião levanta e salpica muito mais água do que qualquer outro veículo, algo a que devemos estar atentos, tanto em ultrapassagens como a circular atrás deles.