- Zona euro com aumento do PIB de 0,6% em 2024 e de 1,6% no ano seguinte
- Crescimento económico continuará fraco em 2024 e fechará o ano abaixo do potencial e da média das últimas décadas
- Crises geopolíticas e outros riscos-chave vão continuar este ano.
O mais recente relatório da MAPFRE Economics, Serviço de Estudos da MAPFRE, revela que em 2024 o crescimento económico mundial continuará a diminuir, fruto da inflação elevada e do endurecimento das políticas monetárias.
Este relatório, ‘Panorama económico e setorial de 2024’, avança um aumento global do PIB de 2,3% para este ano e uma recuperação moderada até 2,6% em 2025. Apesar da melhoria, continuará abaixo do potencial e da média das últimas décadas.
A inflação manterá a tendência de descida, devendo terminar o ano em 4,4% e, em 2025, em 3,3%. O travão na subida dos preços e o enfraquecimento do crescimento traz um cenário mais estagflacionário daquele que marcou as edições anteriores deste relatório, e um balanço de riscos mais equilibrado e controlado pelos bancos centrais.
Em 2024, prevê-se que as dificuldades geopolíticas e outros riscos-chave do passado se mantenham. A complexidade das cadeias de distribuição e a sua ligação, que não se manifestaram em 2023, podem ressurgir e testar a resiliência do comércio mundial após as reordenações económicas globais, com o recente conflito no Médio Oriente e os acontecimentos no Mar Vermelho.
A Zona Euro continuará em situação de estagnação, prevendo-se que a atividade económica continue deficiente e sem motores claros de crescimento, embora possa começar uma recuperação gradual na reta final do ano ou início de 2025. A MAPFRE Economics antecipa um aumento do PIB de 0,6% em 2024 e de 1,6% no ano seguinte.
Impacto no setor segurador
O setor de seguros continuará a sentir o impacto do aperto financeiro, e a MAPFRE Economics prevê um declínio na subscrição de Não Vida devido à desaceleração cíclica, com um aumento médio de 5% entre 2024 e 2025 globalmente, contra 7,1% esperado em 2023. Entretanto, o desempenho do negócio de poupanças do ramo Vida dependerá da atividade económica e do ambiente das taxas de juro, e espera-se que beneficie de taxas suficientemente elevadas para gerar novos negócios, apesar dos declínios previstos. Espera-se que o negócio de Vida como um todo cresça em torno de 7%.
Em geral, o Serviço de Estudos da MAPFRE prevê uma melhoria da rentabilidade do setor, que se deteriorou nos últimos anos devido ao aumento da inflação, às revisões em alta dos prémios de seguro e à moderação do crescimento dos custos das seguradoras. Os rendimentos financeiros das carteiras de investimento das seguradoras contribuirão para esta melhoria da rentabilidade.
Relatório completo disponível aqui (versão em espanhol)